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Foto do escritorClemente Junio

Praça da Palavra: um dos polos mais charmosos e convidativos do FIG

Praça da Palavra (Polo de Literatura) faz este ano uma homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus

A Praça da Palavra é endereço certo para todas as pessoas que frequentam o FIG: Ela está localizada em um ponto estratégico de quem vai de um polo a outro do festival. Mesmo sem programar, a gente termina passando por ela. E daí para entrar, folhear, escutar, comprar e sair sabendo um pouco mais é um passo. Espaço para recitais, contações de histórias, debates, lançamentos de livros, estandes de venda e lounge de leitura para visitantes, a Praça da Palavra ganha dois dias a mais nesta edição comemorativa de 30 anos de FIG: tem início no dia 22 de julho e segue até o dia 31. Promovida pela Secult-PE/Fundarpe, a programação da Praça da Palavra conta com a parceria da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe).


A Praça é lugar de passar, de entrar, e de voltar. Muitas e muitas vezes, passeando por Garanhuns, você se verá dentro dela. Aproveita e leva as crianças para os momentos de Contação de Histórias, que acontecem diariamente, sempre a partir das 10h. Um sucesso de público infantil, por lá passarão nomes como Rakell Marques, Yalle Feitosa, de Garanhuns, Kemla Baptista, Isabel Bortinik e Marcela Egito, entre outros.


O local também recebe uma programação especial no dia 25, quando se comemora o Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha. Nesta data, toda a programação está focada em autoras mulheres. Destaque para o debate “A potência da literatura feminina negra”, com Jeovânia P. (PB); o recital “Encantamento griô: prosa e poesia na voz das mais velhas”, com Inaldete Pinheiro (PE) e o recital Sarau breve fogueiras, com Ezter Liu (PE).


HOMENAGENS - Um dos lugares mais charmosos e convidativos do FIG faz este ano uma homenagem à escritora Carolina Maria de Jesus. Mais conhecida pelo livro Quarto de Despejo – Diário de uma favelada, publicado em 1960, Carolina ganhou força no Brasil nos últimos anos ao ser reconhecida como uma das primeiras escritoras negras do país. Moradora de favela, catadora de papel, protagonista de uma história real de maus tratos e dificuldades, ela desenvolveu o gosto pela leitura e pela escrita. Seu primeiro livro foi vendido em quarenta países e traduzido para 16 idiomas. Depois vieram outras publicações e obras póstumas, compiladas através dos cadernos deixados pela autora.


Em 2017, sua história foi registrada no livro `Carolina, uma biografia, do carioca Tom Farias. O biógrafo é um dos convidados do FIG, numa mesa que acontece no dia 27, às 19h, na Praça da Palavra. “Diálogos sobre Carolina Maria de Jesus” é o nome da ação, que será mediada pela escritora e produtora cultural Sthephany Metódio, que é de Garanhuns.


Também é imperdível outra homenagem à autora homenageada: a atriz carioca Andréia Ribeiro está no FIG para apresentar uma performance do espetáculo “Carolina Maria de Jesus – Diario de Bitita”, seguida de um debate. Será no dia 22, quando abre a Praça da Palavra, às 18h.


LANÇAMENTOS - Entre os lançamentos de livro que a Praça abrigará, destaque para a alusão aos 30 anos do Movimento Manguebeat, que também estará sendo lembrado, em alguns polos do FIG. O cantor e compositor Otto fará o lançamento do| Meu livro vermelho, no domingo (24); e o produtor musical Paulo André Pires lança no dia 23, ás 19h, o livro Memórias de um motorista de turnês.


Não são os poucos os livros que merecem destaque nesta edição da Praça da Palavra. Na sexta, 22, será lançado Meus retalhos, livro de Dedé Monteiro (PE), Patrimônio Vivo de Pernambuco. No sábado, 22, serão lançados os livros dos vencedores do VII Prêmio Pernambuco de Literatura: Fernanda Limão (PE) conversa com Renata Santana (PE), Helder Herik (PE) e Rafael Setestrelo (PE), todos editados pela CEPE. Também da Cepe é o Livro FIG 30 Anos, que será lançado na quinta 28, às 20h.


“São muitas homenagens que a Praça fará neste ano, começando pela Carolina Maria de Jesus, mulher negra, favelada, que chega representando a literatura neste trigésimo aniversário do festival. Uma outra coisa que nos guiou fortemente na curadoria da programação deste ano foi a valorização da literatura local, porque Garanhuns já vem a algum tempo se destacando pela geração de jovens autores como Nivaldo Tenório, Mário Rodrigues, Helder Herik, entre outros”, pontua Beto Azoubel, coordenador de Literatura da Secult-PE.


Com informações do portal cultura.pe.gov.br


A Programação completa de Literatura você pode conferir em nosso App Guia do FIG ou no site http://www.cultura.pe.gov.br




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